Esta sétima semana de estágio está bem agitada. Em muitos momentos quase perdi minha calma com os alunos. Depois do episódio com o aluno Samuel onde ele me enfrentou várias vezes nesta semana, fiquei refletindo se estou preparada para “enfrentá-lo”. Sei que não posso deixar que ele ache que está conseguindo “mandar” na situação e, ao mesmo tempo, sei que ele faz isso para chamar a atenção para ele. Ele quer ser visto. Ele precisa de ajuda. Ele precisa de amor. Não sei se foi por coincidência, mas o fato é que depois que ele trouxe algumas bergamotas para dividir com os amigos e eu, erroneamente, disse a ele que não daria para repartir porque não dava uma para cada amigo, começou a mostrar-se agressivo e, desta forma, não aceitava mais as palavras da professora. Este aluno tem um histórico de agressividade vindo da outra escola onde eu mesma, várias vezes, presenciei suas manifestações. Porém pensei que havia passado, porque até o momento ele estava vindo à escola sem problemas maiores. Depois disto, agora acredito que deva chamar a mãe e conversarmos porque, anteriormente, o menino tomava medicamentos para se acalmar e a própria mãe disse-me que ela havia parado com a medicação. Desta forma, alguma coisa precisa ser feita porque está começando a atrapalhar as aulas, visto que a turma em si já é agitada. Segundo a pedagoga Karen Kaufmann Sacchetto, é muito importante detectar e combater o comportamento agressivo ainda na primeira infância, pois quando criança não encontra obstáculos ou alguém que a alerte mostrando que não é um comportamento adequado, ela percebe que consegue liderar e tirar proveito destas situações e no futuro certamente tornar-se-á um agente do bullying e muito provavelmente um adulto violento. (http://guiadobebe.uol.com.br/bb4a5/a_agressividade_infantil__bullying.htm
2 comentários:
Oi Sirlei, e será que ele não está utilizando a agressividade para demonstrar que precisa de atenção e acolhida? Ou seja, o jeito que ele encontra para tentar se relacionar contigo e com os colegas. Comentas sobre as bergamotas. E se tiveste tentado resolver de outra forma? Por exemplo, abrindo as bergamotas e repartindo os gomos ao invés da fruta? Enfim, são reflexões para pensarmos ações futuras. Abração!!
Oi Simone!
Eu acredito que eu errei naquele dia. Deveria ter deixado ele distribuir as bergamotas em gomos pros colegas. Essa foi realmente uma aprendizagem pra mim e, como você falou, reflexão para ações futuras.
Abração! Sirlei
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