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domingo, 12 de dezembro de 2010

Antes e depois do PEAD

Fazendo um paralelo entre o antes e o depois do PEAD podemos destacar que conseguimos uma base bastante sólida para o nosso dia-a-dia. Diferente disso, era quando fazíamos o Magistério e não tínhamos uma turma de alunos para aplicar todos os conhecimentos. Tínhamos somente a teoria. Agora, no curso de graduação, podemos aliar a teoria com a prática. Isso é muito válido. Conseguimos refletir, aplicar e analisar. Pessoalmente tenho muito orgulho em dizer que sou estudante da UFRGS. Dentre os textos lidos na interdisciplina de EPPC, Bolzan (2001, 2002) diz que "o professor quando ensina está também em processo de aprendizagem do seu fazer pedagógico." Tanto aluno como professor estão em processo de aprendizagem mesmo que sob óticas diferentes. Podemos constatar isso no cotidiano, na nossa prática... Aprendemos quando uma atividade dá certo e aprendemos muito mais quando ela não nos dá os resultados esperados. Porque aí eu vou investigar o motivo e certamente vou refazer de forma diferente. O professor será aquele que toma decisões, cria durante a sua ação pedagógica, discute, avalia e reconstrói essa ação na reflexão sobre a atividade. Vygotski (1994) sustenta o conhecimento compartilhado e exemplifica que um educador pode ter uma idéia muito boa mas não sabe colocá-la em prática, pois nunca a discutiu com ninguém, nem mesmo confrontou com pontos de vista comuns ou divergentes. Esse aprendizado sempre está no meu dia-a-dia. Procuro compartilhar e questionar as atividades com outros colegas da escola e, principalmente do PEAD, já que tenho na minha escola quatro colegas do PEAD. Então, sempre estamos trocando experiências e enriquecendo nossas aulas.Um ponto muito importante de todas as interdisciplinas deste semestre foi a facilidade de adaptação das atividades propostas em todas áreas. O período que já vivenciei no PEAD, me provocaram várias mudanças, acredito que para melhor. Essas mudanças apareceram através da leitura dos textos das diversas interdisciplinas, das aulas presenciais e da reflexão que faço ao realizar as atividades... Dentre as mudanças, posso destacar que passei a observar mais as crianças, a diversificar mais as aulas, a utilizar a teconologia que aprendi sempre durante o processo de cada projeto de aprendizagem. E, percebo que sempre posso melhorar. Doris Bolzan (2001, 2002) coloca que a escola, tal como está organizada hoje, vem buscando caminhos para dar conta de sua tarefa de ensinar. A sua preocupação primeira é com o processo de aprendizagem. Entretanto, observamos que a prática escolar tem se mantido arraigada ao passado, deixando, muitas vezes, de avançar em direção às velozes transformações do mundo. A equipe do PEAD e, nós professores, temos a missão de fazer essa diferença na educação.

Tecnologias...

Atualmente, a tecnologia faz-se muito necessária em qualquer setor da sociedade. A Educação não está fora disso. Posso evidenciar isso em sala de aula quando sentamos na rodinha e os alunos falam que já possuem LapTop da Xuxa e que algumas famílias têm acesso às tecnologias. Cada vez mais estou me aprofndando mais no uso da informática. Após a utilização cada vez mais constante do computador, já perdi o medo de errar. O estigma que vai estragar se eu tentar fazer algo que não domino está bem longe de mim nesse momento. Enfim, aperfeiçoei o uso do computador e da internet. Assim, estou somando as aprendizagens tecnológicas. Que bom!!! Como trabalho com educação infantil, pesquiso histórias infantis, músicas, atividades recreativas e jogos para cada dia propiciar mais novidades para meus alunos, melhorando ainda mais a nossa rotina de sala de aula. Há pouco tive a oportunidade de adquirir um novo computador e uma máquina digital que estou sempre carregando comigo para aquelas eventuais surpresas boas que os alunos nos fazem com belas atividades, brincadeiras e passeios. Deste modo, espero ter mais afinidades com o computador e sempre aprender mais. Somente o que me decepcionou um pouco foi o programa Cmaptools que não consegui colocar no meu computador e, desta forma, tive que ir ao pólo para realizar as atividades desta proposta. Mas... isto pode acontecer.

Organização espacial na escola

A aprendizagem mais significativa que eu tive como professora agora por final do curso foi quanto à conscientização da importância da organização espacial da sala de aula e fora dela. Percebi este fato quando no estágio a professora sugeriu otimizarmos o espaço externo para os alunos já que com a tecnologia não poderíamos contar neste momento. Neste momento passei a compreender e concordar com os autores quando eles dizem que "as crianças precisam ter opções, uma vez que passam muitas horas por dia no mesmo ambiente.” Então, pude enxergar a variedade de oferta de ambientes como uma questão de qualidade e, acima de tudo, oportunidades de aprendizagem diferenciadas quando uma das tarefas fundamentais da educadora é a de organizar o espaço: interno (da sala de aula) e externo (do pátio). “Esse espaço deve incentivar e estruturar as experiências corporais, afetivas, sociais e as expressões das diferentes linguagens da criança. [...] O ambiente, isto é, a sala das crianças deve ser vista como um educador auxiliar que provoca aprendizagens.” (BARBOSA, HORN, 2008)

Ainda o blog...

Analisando meu blog, percebo que as postagens contemplam as interdisciplinas estudadas de forma interdisciplinar, pois nos marcadores aparecem mais que uma interdisciplina. Quanto às postagens elas são reflexões das teorias estudadas relacionadas com a prática nos espaços da escola procurando sempre trazer a contextualização histórica, social e política na medida do possível. As postagens que realizei demonstram que houve uma apropriação dos principais conceitos trabalhos nas interdisciplinas. Pude perceber que evoluí bastante, pois passei a registrar minhas aprendizagens e reflexões procurando sempre relacionar a teoria e prática com evidências e argumentos claros e exemplificativos que nos levam a pensar nas formas de aprendizagens.

Limites na Educação Infantil

Para nós educadores é relevante sabermos como é constituído o desenvolvimento moral para que possamos compreender atitudes ditas conflitantes. Nas leituras oferecidas pude confrontar a importância da Educação Infantil onde FAVERO relata que “... a consciência moral não é inata, embora se reconheça que as disposições ou tendências afetivas e ativas tenham raízes instintivas. A criança não nasce boa, nem má; tanto do ponto de vista intelectual como do ponto de vista moral, essas forças (se assim podemos denominar) são desenvolvidas num universo de contingências.” Neste aspecto meus alunos muitas vezes enfrentam situações de ambigüidade em suas concepções de moralidade quando colocamos algumas regras dentro da sala e isto não acontece em casa. Presenciei algumas mães, quando buscam seus filhos na escola, observarem seus filhos guardar os brinquedos, auxiliar na limpeza das mesas ou organização da sala antes de irem embora. Estas, ficam atônitas dizendo que em casa o filho não age desta maneira. O sentimento de obrigação só aparece quando a criança começa a aceitar as imposições de pessoas que ela respeita. As crianças vão repetindo rituais e alguns se transformam em hábitos, porém a repetição de regras assimiladas não basta para desenvolver a consciência moral. “É necessário e fundamental que haja o sentimento de respeito para com aquele que estipulou as regras, todavia essas só serão compreendidas e aceitas quando houver uma aprovação recíproca entre os sujeitos envolvidos (PIAGET p. 23).” Apesar de serem pequenos, os alunos que assisti até hoje, também estão envolvidos em atitudes de violência física e verbal. Este ano, tenho um aluno inquieto que necessita sempre de acompanhamento do professor, pois está sempre incomodando ou atrapalhando os colegas. Consigo, a partir dos estudos, colocar sanções a este aluno, por exemplo, com argumentações mais convincentes que revelam meus cuidados com eles como alunos, porém ele apresenta um problema um pouco mais sério que necessita de acompanhamento especial do qual a família está pouco interessada em oferecer ao aluno e isto reflete em sala de aula.

Aprendizagens significativas

Creio que minhas aprendizagens sempre dependeram das aprendizagens anteriores, ou seja, acrescento ao que já conheço. Nisto identifiquei-me com as palavras de Piaget (1983), “o desenvolvimento ocorre de forma que as aquisições de um período sejam necessariamente integradas nos períodos posteriores. É o “caráter integrativo” segundo o qual as estruturas construídas numa idade dada se tornam parte integrante das estruturas da idade seguinte”. Uma pessoa adulta que ao longo de sua vida vem adquirindo conhecimentos através de experiências vividas, torna-se resultado do processo de aprendizagem somática. Não basta ao professor passar o conteúdo e tampouco esquecer-se das relações interpessoais constituídas em sala de aula os quais apresentam importância para a educação. O processo de transferência está presente também no adulto, nas relações professor-aluno, na educação de jovens e adultos e, muitas vezes, quando esse adulto tiver uma carência. Do mesmo modo, não é sempre fácil para o aluno colocar-se no ponto de vista do professor e acompanhar o seu raciocínio, porque muitas vezes, não tem a vivência, experiência ou, ainda, um conceito anterior a esse adquirido que possa somar e obter o conhecimento seguinte. Enfim, acredito, a partir das minhas experiências como aluna do PEAD, que sempre estamos aprendendo e que necessitamos edificar nosso conhecimento para nos formar um professor seguro de nossas aprendizagens e, sobretudo, passando muita confiança ao aluno. Como profissional da educação, o curso de Pedagogia à Distância da UFRGS tem auxiliado e possibilitado maiores conhecimentos sobre a etapa da educação infantil, sobre a política educacional, sobre a educação, a escola e sobre minha profissão. Consigo, neste momento, fazer uma reflexão da minha prática docente em sala de aula e da realidade politica educacional. Conforme a frase de PAULO FREIRE (2008): “É importante que professores e alunos sejam curiosos, instigadores. É preciso, indispensável mesmo, que o professor se ache repousado no saber de que a pedra fundamental é a curiosidade do ser humano", não há como ficarmos acomodados. O papel exclusivo do professor é promover a cidadania e a busca por ideais em seus alunos, tentando formá-los críticos, buscando oportunidades que dêem importância à cidadania, percebendo a realidade, buscando uma valorização da moral e da ética, respeitando valores e deveres, para que possam perceber que eles, mais que ninguém, é que podem questionar e não aceitar situações impostas pelo meio em que vivem, podendo assim transformar a realidade em uma sociedade digna e valorizada.

Lembrando do PPP

O Projeto Político Pedagógico precisa apresentar as finalidades da escola, sua estrutura organizacional, o currículo definido, os tempos e espaços onde ocorrerão as relações de ensino-aprendizagem, o processo de decisão e as relações de trabalho, além das formas previstas para a avaliação da aprendizagem, da escola e do próprio projeto. Há pouco na escola que estou inserida há menos de um ano, participei mais uma vez da construção deste importante documento, o PPP. Neste momento pude colocar meus conhecimentos e rever o material sobre a proposta e, assim, pude contribuir de maneira satisfatória na construção do documento. Esta construção foi muito rica, pois em cada etapa pudemos analisar realmente sobre qual a escola que estamos planejando e oferecendo às nossas crianças.

Relembrando interdisciplinas...

Trabalhando com a natureza....
Acredito que a Interdisciplina de Representação do Mundo pelas Ciências Naturais conseguiu tirar de nós educadores o estigma de que trabalhamos ciências somente com experimentos e experiências. Desta forma minha prática mudou, passei a deixar um pouco de lado os experimentos, pois percebi que os ciclos da natureza são muito importantes de serem trabalhados desde os pequeninos. Lembrei-me agora da fala de uma criança, no vídeo apresentado pelo SI IV, assistindo ao pôr-do-sol, uma criança que dizia "Não sei se é o sol que está descendo ou a terra que está subindo...” São essas questões simples que temos que trabalhar com as nossas crianças. Representação que leva à compreensão, ciências naturais, estudo da vida, entendimento da natureza, entendimento do lugar onde vivemos... Tudo se transforma dentro de contextos históricos, conseqüentemente do nosso EU, assim, deve-se contextualizar "as verdades científicas" que nunca serão absolutas.

domingo, 28 de novembro de 2010

Falando em TCC...


O último semestre veio com força total. Digo isto porque inicialmente consegui me complicar na decisão do assunto para meu TCC. Entretanto, depois da minha insistência e até mesmo com apoio da Orientadora do estágio, a tutora Sibbica, consegui definir meu assunto: as contações de histórias no sentido da comparação entre usar ou não recursos. Este semestre trouxe várias aprendizagens pra mim. Apesar do envolvimento com o TCC e das atividades com o Seminário Integrador ainda tinha meu dia-a-dia na escola. Vários foram as situações de conflito que surgiram no meu ambiente escolar. Estes conflitos foram desde aluno que estava me enfrentando o tempo todo até implicações com a direção da escola. Aos poucos vou me superando, porém vamos nos desgastando com os percalços e, ao final, resolvi solicitar transferência de escola para iniciar o ano seguinte com novos desafios e novo ambiente escolar. Agora olhando para trás através do portfólio consigo refletir sobre meu crescimento profissional, minhas inquietações, minhas aprendizagens e minhas conquistas, pois está tudo lá registrado como se fosse um diário. Acredito que desta forma o portfólio cumpriu muito bem sua intenção: dar suporte às aprendizagens, angústias e conquistas.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Semestre 8

Ao longo de todo o curso acredito que fomos bem preparadas para o tão esperado Estágio Supervisionado, etapa primordial para o eixo 8, porém na prática nem sempre acontece tudo conforme os planejamentos tão bem elaborados... As interdisciplinas oportunizaram a relação entre a teoria e a prática, mas este era o momento de inovar. Era esperado que oferecessemos diferentes tecnologias durante o estágio. De início já tive este empecilho e a maneira foi oportunizar outras alternativas. Este período representou muitas conquistas, desafios e aprendizagens. Entretanto, consigo afirmar que minha prática não é mais a mesma desde este período. Por fim, foi uma experiência gratificante que me fez valorizar as ideias e opiniões dos meus alunos e, principalmente, melhorar o momento das contações de histórias, assunto com o qual estou escrevendo com muito envolvimento o meu Trabalho de Conclusão do Curso.

sábado, 13 de novembro de 2010

Semestre 7

Conforme os semestres/eixos foram passando é que podemos acompanhar nosso crescimento como alunas do PEAD. No eixo VII fizemos a atividade de analisar os PAs das colegas e, através da mesma é que aprimoramos nosso poder de concentração, criticidade e argumentação. Afinal, este é um dos objetivos do curso: formar profissionais críticos e argumentativos. Encontrei este trecho no portfolio que me fez refletir na época e concluir que em todos os semestre, as interdisciplinas se interligavam “Acredito que neste semestre a comunicação na forma da fala, escrita e leitura, estará interligada às demais interdisciplinas, principalmente à Interdisciplina de Didática e, da mesma forma, de Libras.”Acredito que a Interdisciplina de Didática serviu para “costurar” todos nossos aprendizados quando precisamos analisar as melhores etapas do planejamento pedagógico bem como relacionar as discussões teóricas com as nossas práticas cotidianas e, também, dentro do estágio supervisionado. Podemos refletir nas nossas ações quando muito da elaboração do planejamento fica a cargo de puro pensamento hipotético, pois é preciso imaginar tanto as situações como as respostas dos alunos, as condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento de certas atividades, a distribuição de tempo das atividades no semestre... Foi nesta fase que passei a pensar na prática em “quem servir e para que“ ao invés de priorizar o “como” fazer.
Também foi neste eixo que conhecemos de perto a realidade da EJA quando realizamos uma saída de campo em grupo o qual resultou na apresentação de pôster sobre as aprendizagens. Pensando em tudo isto podemos concluir que toda alfabetização é um desafio.Tratando-se de alfabetização de adultos esse desafio torna-se maior, considerando que o adulto possui uma leitura de mundo mais profunda devido sua participação na construção da sociedade e sua participação em grupos de trabalho, religião e lazer.
Após as leituras disponíveis da Interdisciplina de Libras, hoje consigo ter uma posição mais clara sobre o assunto, pois até o momento os surdos eram tidos somente como alunos de inclusão. Penso que a interdisciplina de Libras foi um grande desafio pra mim. Primeiro pela dificuldade de entendimento dos sinais e, depois pela realização dos movimentos já que tenho uma pequena dificuldade na coordenação motora para isso. Mas acredito que treinando poderia conseguir melhorar esta parte. Fica mais um desafio pra mim.

domingo, 7 de novembro de 2010

Pensando no semestre 6...

Analisando minhas postagens durante o eixo VI percebi que passamos a utilizar com maior frequencia o recurso do Fórum dentro do ambiente ROODA. Acredito que alcanço melhor entendimento/compreensão desta maneira e que há necessidade de debates sobre os textos lidos, assim consegue-se enxergar como os colegas pensam, tirar dúvidas, contrapor minhas opiniões, enfim os fóruns enriquecem as temáticas, diferentemente de quando somente postamos os trabalhos e há um retorno do professor. O fórum tem esta função de ampliar os horizontes...
Também pudemos enxergar mais as crianças para o sentido das diferenças e das inclusões onde compreendeu-se que a realidade é pouco inclusiva e muito econômica sendo chamada de integração não-planejada segundo FERREIRA 2000.

Na interdisciplina Questões étnico-raciais na educação: sociologia e história demos ênfase, inicialmente, à identidade das crianças como seres ou indivíduos com mentes construídas e em construção, que são bastante diversificadas, tanto física quanto orgânica, quanto cultural e histórico. Sempre é importante que haja respeito a essas diferenças e que as mesmas sejam trabalhadas para uma individualidade onde haja posicionamento como pessoa e cidadão. Depois disto dei maior importância em trabalhar com os alunos na sua identidade e posterior autonomia.
A questão do desenvolvimento foi discutida em Psicologia II e Filosofia refletindo sobre a condição do professor ser o único responsável pela formação do caráter do aluno. O caráter da pessoa não depende só do professor mas, muito depende do interesse do aluno e como ele resolve situações na sua vida. A autoestima também esteve em evidência onde muitas coisas que não estão lá explícitos no caderno de planejamento e que dão ótimos resultados para melhorar a autoestima dos alunos são trabalhados, assim como elogiá-los com suas roupas, cortes de cabelos nos meninos, boas ações que ocorrem na sala, o uso das palavrinhas mágicas "obrigado, por favor, com licença, desculpa", uma pequena atenção quando percebemos o aluno triste...

domingo, 31 de outubro de 2010

Semestres 4 e 5

As atividades feitas nos eixos IV e V foram bem recebidas e aproveitadas em sala de aula. Vários conceitos de matemática foram reaprendidos como classificação e seriação onde devemos aproveitar as situações do dia-a-dia da sala de aula para trabalhar esses conceitos, como no momento de guardar os brinquedos, na rodinha, na formação da fila e muitas outras oportunidades. Trabalhamos com o texto colaborativo onde aprendemos a importância de sempre estar trabalhando com o nosso aluno as formas de cooperação, colaboração e interação. Mesmo não tendo laboratório de informática na maioria das escolas, essa é uma tendência para nosso futuro próximo. Ana Margô Mantovani relata que “Estamos incorporando ao processo de aprendizagem colaborativa o paradigma da interdisciplinaridade, da interatividade e da cooperação. Este é o paradigma da escola do terceiro milênio que, intermediado pela tecnologia, oportuniza a construção compartilhada do conhecimento. E, é justamente aqui que as aplicações das novas tecnologias da informação e da comunicação têm papel de destaque. Utilizar estas ferramentas para otimização do novo paradigma implica em rever concepções sobre interação, cooperação e colaboração e ao final incorporá-los aos ambientes de aprendizagem computadorizados.”
A interdisciplina Representação do Mundo pelos Estudos Sociais mudou significadamente meus conceitos quanto à ênfase do tempo e espaço. Hoje, a partir da leitura das unidades do livro "Estudos Sociais: Teoria e Prática" percebo que podemos "...oferecer à criança oportunidades onde ela possa analisar os espaços sociais, compreendendo esses espaços como construções do homem, em determinado tempo de uma sociedade."
Durante estes semestres, as aprendizagens tecnológicas contribuíram muito para o desenvolvimento das atividades mostrando sempre o lado desafiador de buscar o conhecimento para a consolidação da aprendizagem. Nesse período, aprendi que devemos olhar para o aluno de outra maneira, tendo a mesma curiosidade e vontade de aprender e, juntar-se ao aluno na busca do novo.
Iniciamos neste periodo a trabalhar com o Projeto de Aprendizagens na forma de grupos. Novamente percebi a importância do trabalho em grupo onde aparece a cooperatividade como principal desencadeador das aprendizagens.
Conforme nosso curso foi se desenvolvendo, notei a relevância de estudarmos a história do processo e evolução da educação e, sempre, tudo aliado ao contexto histórico da época para compreendermos melhor as políticas públicas e formas de gestão. O professor é sujeito do seu próprio trabalho e ator da sua pedagogia, ou seja, da prática do profissional “... guiada por uma ética do trabalho confrontada diariamente com problemas para as quais não existem receitas prontas, mas que podem ser apoiadas numa visão de mundo, de homem e de sociedade.” (Tardiff).

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Plano Individual de Estudos

Revendo a construção do Plano Individual de Estudos percebo o quanto é relevante que o professor necessite ter um plano de estudos, ou seja, organizar-se para ter metas e objetivos para aprender sobre assuntos que não se domina e, assim, não cair no comodismo e achar que se sabe tudo. Percebo, agora, o PIE como um grande desafio que me auxiliará nas minhas aprendizagens. O professor deve estar sempre aprendendo e estar sempre com metas para exercitar aprendizagens, planejamentos e desafios.
Precisamos estabelecer como meta permanente no PIE, leituras de livros de autores que nos proporcionem embasamento teórico para facilitar a nossa prática docente. As leituras que precisamos fazer são de suma importância e elucidam a realização das atividades e o fazer docente. Mas, o mais importante é dar continuidade e ir almejando mais metas ao longo da nossa caminhada pedagógica.

domingo, 17 de outubro de 2010

Sonhos e esperança ainda existem...

Revendo as postagens, encontrei na Interdisciplina de Ludicidade o texto "O Príncipe sem Sonhos" onde pude perceber que todos temos sonhos e não podemos nos esquecer que as nossas crianças também os possuem e, da mesma forma, a escola não é mais aquele espaço onde somente são aplicados conteúdos. Ela deve ter uma forte ligação com a comunidade que nela está inserida, visto que essa comunidade convive com várias angústias diariamente. As mesmas são trazidas pelos alunos para dentro da sala de aula terminando por ser um elo de reconhecimento da vivência destes. Sendo assim, temos que ter uma visão construtivista da situação e, sempre, em nossas práticas pedagógicas, enxergarmos a realidade do aluno e utilizar isso de maneira favorável à relação ensino-aprendizagem. Atuo ainda com crianças de Jardim Nível A com idade de 4 a 5 anos e gosto de trabalhar com essa idade, pois aprendemos juntos todos os dias. Eles trazem uma carência e uma curiosidade de buscar que cativa a nós professores.

Retirei esse trecho do meu blog: “O Príncipe sem Sonhos” também pode representar a esperança. A esperança contra a acomodação. A busca pelo seu próprio destino, a coragem de mudar e ser feliz. Foi o que fiz. Tive coragem de mudar e ser feliz." Eu sempre fui uma pessoa um pouco (não sei a palavra certa no momento) negativa, pessimista ou realista demais. Sempre tive medo de arriscar sendo, muitas vezes acomodada. Entretanto, quando surgiu a oportunidade de voltar a estudar e, mais ainda, a cursar o Magistério, minha vida mudou. A partir dessa nova realidade passei a sentir-me importante. Acredito que a minha auto estima ficou em alta e pude refletir sobre o que queria realmente. Essa acomodação que havia em mim não pode existir no professor, pois assim não alcançamos novidades para as aulas e, estas, não se tornam atrativas para os alunos.

Reflexão e complementação do início do curso...

Quando iniciamos o Curso de Pedagogia, também iniciamos uma nova fase em nossas vidas. Além de professores, viramos colegas e alunos. Isto refletiu numa rica experiência para todos. Quando nos apresentaram as tecnologias algumas não foram corajosas o suficiente e desistiram do curso. Nesta fase, uma das ferramentas mais importante que nos apresentaram foi o BLOG. Dos três blogs que construímos ao longo do período o mais consistente é o Blog de Aprendizagens. À princípio, tudo o que era editado lá era feito de forma a somente cumprir tarefas do seminário, mas agora, de forma muito mais consciente, o usamos para colocar as aprendizagens obtidas nas interdisciplinas, nossas angústias e nossas alegrias, como se fosse um diário, hoje o percebo dessa forma, um local onde podemos nos expressar, trocar experiências e, ainda, aprimorar a escrita.

domingo, 10 de outubro de 2010

REFLEXÃO SOBRE AS INTERDISCIPLINAS DO 1º SEMESTRE

A proposta do seminário em refletir sobre os semestres passados, inicialmente, veio como uma tarefa a mais para fazer em meio à árdua e complexa construção metódica do Trabalho de Conclusão do Curso. Entretanto, depois que iniciei a rever o material solicitado, minha visão modificou-se totalmente, pois está sendo uma maneira de refletir sobre as práticas e continuar a fazer uso das aprendizagens feitas em semestres anteriores que, às vezes, ficam um pouco de lado. Agora, tentando me justificar, acredito que estava muito focada no TCC devido a pequenos tropeços iniciais que já foram superados e estou mais tranqüila para abrir o olhar para mais direções. As interdisciplinas que mais chamaram minha atenção no primeiro semestre foram Ludicidade, Música e Teatro, já que foram muito práticas. Desde o início do curso trabalho com turmas de Jardim (4-5 anos) e nessa faixa etária fazemos uso da ludicidade em todas as ações pedagógicas. E, a música e o teatro complementam tais ações. Tento cada vez mais colocar o lúdico na minha prática pela sua importância no desenvolvimento integral das crianças. Podemos introduzir uma infinidade de conteúdos/temas fazendo uso do lúdico, da música, do teatro, e não esquecendo da contação de história. Proporcionando aulas que incluam o movimento a criança acaba por aprender de forma bem mais prazerosa. Na época, Tânia Fortuna disse em sua entrevista, que “a criança brinca de trabalhar e não há nada mais sério do que alguém brincando, e que o adulto trabalha brincando quando isso lhe dá prazer, sendo ele mais realizado.” Outro aprendizado importante, do qual fiz uso nas minhas práticas foram as releituras de obras de arte, as quais não havia entendimento inicialmente."Há uma grande distância entre releitura e cópia. A cópia diz respeito ao aprimoramento técnico, sem transformação, sem interpretação, sem criação. Já na releitura há transformação, interpretação, criação com base num referencial, num texto visual que pode estar explícito ou implícito na obra final. Aqui o que se busca é a criação e não a reprodução de uma imagem. No entanto, muitos professores, em nome da Proposta Triangular, estão trabalhando a releitura como cópia nas escolas."Segundo Pillar (1991, p.18) Texto retirado do rooda/aulas na interdisciplina de Artes Visuais.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

REFLEXÃO... O INÍCIO

Conforme orientações da Interdisciplina de Seminário terminei por localizar meu primeiro blog. Este relata os primeiros passos bastante inseguros dentro do Pead. Tivemos um intensivo de informática que nos auxiliou ao longo da caminhada e quando as dúvidas apareciam, lá estavam os tutores e professores para ajudar. Na época não podíamos imaginar que tanto esforço para entrar no mundo tecnológico do curso tivesse o retorno apresentando até o momento. Acredito que todos podemos refletir comparando os profissionais que éramos com o que somos agora, ao final do curso. Recordo-me bem das palavras do professor Crediné quando solicitava que sempre refletíssemos sobre o que iríamos escrever e que não o fizéssemos de qualquer maneira. Levei comigo este aprendizado. Procuro sempre ler com atenção o que escrevo para ver se há compreensão e coerência.

domingo, 20 de junho de 2010

Família após estágio...

No estágio solicitei muito a colaboração da família para a concretização das atividades e, na primeira semana depois do final do estágio, os pais já começaram a cobrar a falta de tarefas para o final de semana. Pensei em dar um “descanso” aos pais, mas depois da cobrança percebi que os pais gostaram das tarefas. Alguns relataram que foi uma forma de proximidade entre eles e os irmãos mais velhos, já que todos eram envolvidos nas propostas. Teremos nossa festa de São João no início de julho e as mães já estão cobrando a participação das crianças em forma de apresentação na festa. À princípio, não havia pensado na participação, entretanto, com o apelo das mães, inclusive em auxiliar nos ensaios, vou rever meus planos.
A partir disto fico pensando na importância da família na educação das crianças. Que bom que eles se dispõem a contribuir. Os filhos só tem a ganhar com estas atitudes. Posso concluir que a sementinha da participação da família nas atividades que plantei no estágio, está começando a brotar.

sábado, 12 de junho de 2010

Visita...

Esta segunda visita, da professora Gládis e tutota Sibbica, aconteceu de forma bem tranqüila. Assim que entraram, elas já se interaram com as crianças. Brincaram e conversaram com elas. Comentamos, a visita e eu, sobre a boa ventilação da sala, falamos sobre possibilidades de trabalho com a ampulheta que a professora construiu, que teríamos computadores em breve para os alunos e sobre a exposição da Mostra do Saber. Logo começamos a organizar a sala para descer. Mas, como as crianças se aproveitam um pouco quando tem visita, houve necessidade de vários pedidos de ajuda. Descemos todos juntos para esperar os demais e a visita aproveitou para olhar o material dos alunos que iriam para a exposição da Mostra do Saber na sala dos professores. Também questionamos sobre a forma que a turma tem a Educação Física, dividida em dois grupos. Acredito que a visita fluiu muito bem. Estávamos todos muito à vontade. Quando nos encontramos com os demais, a visita despediu-se de nós e dirigiram-se à secretaria para conversar com a coordenadora. As crianças gostaram muito da visita e até as que estavam na Educação Física, perguntaram sobre elas.
É muito importante uma boa relação entre estagiário e supervisor para que haja confiança no trabalho e sugestões dadas. Acredito que isto ocorreu entre ambas as partes, concretizando um bom resultado. Um dia após a visita, já tivemos a presencial que deixou claro os passos seguintes, a construção do relatório. Vai ser mais uma etapa importante deste processo. A princípio, a elaboração do relatório pareceu complicada. Porém, depois das falas da professora ficamos mais tranqüilas e penso que tudo acabará bem.

domingo, 6 de junho de 2010

O que aprendemos com tudo isto?

Estamos na reta final do estágio! Passou muito depressa! Já estou até começando a sentir saudades... Foi tão bom ter sempre pessoas por trás da gente sugerindo material, dando apoio nos momentos indecisos, elogiando ou mesmo criticando quando havia necessidade... Acredito que depois deste período vá ficar uma saudade enorme deste apoio. Mas, acredito mais ainda que esse apoio estava sendo dado para que possamos depois caminhar com as próprias pernas no nosso desafio diário de sala de aula. Ainda se pergunta “qual a aprendizagem que tu tirou disto”?
Esta frase ficará marcada no meu cotidiano. Se conseguirmos refletir e tirar aprendizagens dos mais variados momentos, daí poderemos dizer que aprendemos...
Penso que acima de tudo, o que aprendi é que temos que ter um olhar mais amplo ou ainda diversificado do que propomos aos alunos. Não posso deixar de falar do quesito organização neste período todo. Eu pensava que fosse uma pessoa organizada antes destas nove semanas de estágio. Entretanto, hoje sei que se houver continuidade deste trabalho, minhas aulas serão mais tranqüilas e eu terei mais tempo disponível. A organização é muito importante para nossa vida. Acho que o período foi assim tranqüilo porque houve organização da parte da equipe da professora supervisora, bem como das tutoras e, nós, consequentemente entramos no ritmo. E como foi bom. Então, a organização é uma aprendizagem importante, pois a partir dela haverá mais dedicação aos alunos .

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Semana cheia...

Esta sétima semana de estágio está bem agitada. Em muitos momentos quase perdi minha calma com os alunos. Depois do episódio com o aluno Samuel onde ele me enfrentou várias vezes nesta semana, fiquei refletindo se estou preparada para “enfrentá-lo”. Sei que não posso deixar que ele ache que está conseguindo “mandar” na situação e, ao mesmo tempo, sei que ele faz isso para chamar a atenção para ele. Ele quer ser visto. Ele precisa de ajuda. Ele precisa de amor. Não sei se foi por coincidência, mas o fato é que depois que ele trouxe algumas bergamotas para dividir com os amigos e eu, erroneamente, disse a ele que não daria para repartir porque não dava uma para cada amigo, começou a mostrar-se agressivo e, desta forma, não aceitava mais as palavras da professora. Este aluno tem um histórico de agressividade vindo da outra escola onde eu mesma, várias vezes, presenciei suas manifestações. Porém pensei que havia passado, porque até o momento ele estava vindo à escola sem problemas maiores. Depois disto, agora acredito que deva chamar a mãe e conversarmos porque, anteriormente, o menino tomava medicamentos para se acalmar e a própria mãe disse-me que ela havia parado com a medicação. Desta forma, alguma coisa precisa ser feita porque está começando a atrapalhar as aulas, visto que a turma em si já é agitada. Segundo a pedagoga Karen Kaufmann Sacchetto, é muito importante detectar e combater o comportamento agressivo ainda na primeira infância, pois quando criança não encontra obstáculos ou alguém que a alerte mostrando que não é um comportamento adequado, ela percebe que consegue liderar e tirar proveito destas situações e no futuro certamente tornar-se-á um agente do bullying e muito provavelmente um adulto violento. (http://guiadobebe.uol.com.br/bb4a5/a_agressividade_infantil__bullying.htm

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Semana da visita (contin.)

Na semana da visita, estava com grandes expectativas. Parecia uma estagiária de Magistério prestes a receber a visita da supervisora. Só que são outros tempos... Quando passei por esta experiência me senti menos preparada e muito mais nervosa do que atualmente. Percebo que o curso em si e as pessoas envolvidas nos transmitem muita mais segurança, apesar do curso ser à distância. Sabemos que na vida devemos estar preparadas para vários momentos, mas nem sempre é o que acontece. Como já havia postado anteriormente, senti falta da conversação que iria ter entre supervisoras e a interlocutora dando, desta maneira, um retorno do nosso trabalho, já que é ela que nos acompanha durante toda nossa prática escolar. Infelizmente isto não ocorreu e eu, muito ansiosa, me frustrei um pouquinho. Porém este é mais um aprendizado da vida escolar e da vida em si também. Controlar a ansiedade é um aspecto da minha pessoa que preciso melhorar para evitar tropeços ou ainda mesmo frustrações. Mas como sou nova (rsrsrsrsrs) ainda tenho tempo para isso.

domingo, 16 de maio de 2010

Semana de visita...

Estávamos bem ansiosos pela visita da supervisora Gládis na quarta-feira. Iniciamos a tarde e fomos fazendo as atividades propostas e nada da visita chegar. Porém, no finalzinho da tarde, quando alguns alunos já haviam ido para casa ouve-se uma leve batida à porta. Pensamos que fosse mais um pai para buscar um colega, mas era a nossa visita. Quer dizer, nossas visitas, pois veio também a Sibbica. Penso que a visita estava agradável porque neste momento tive que atendê-las, atender os pais e, também as crianças. Foi tudo muito rápido e até este momento não recebi nenhum retorno. Além da visita, esta semana me surpreendi também com a atenção que os alunos tiveram com a história “Os 3 porquinhos”, pois não utilizei recursos, somente o uso de som quando o lobo bateu à porta dos porquinhos. Realmente, uma história bem contada, com entonação na voz faz mais efeito do que se tivéssemos recursos de imagens. A imaginação das crianças é grande e deve ser estimulada. Usei mais um artifício para incentivar a imaginação quando usamos um chapéu feito de jornal para construir as diferentes casinhas dos porquinhos, afinal de contas eles neste momento eram os construtores e deveriam estar protegidos.

domingo, 9 de maio de 2010

Educador...doação

Nesta semana minhas tarefas multiplicaram-se de uma maneira que tive que me organizar para não perder o fio da meada. Estive diretamente ligada aos preparativos da Homenagem às Mães na escola. Necessitei vir dois dias no turno oposto para conseguir construir a decoração. Na Educação Infantil não temos horas de planejamento para usar para estes fins. Parei para refletir sobre a doação que o professor sempre dispõe para a escola e alunos, pois a tarefa não termina quando os alunos vão embora. Outro fato que me chateou esta semana foi meu esquecimento no comparecimento de uma entrevista com a mãe do aluno Lucas. Talvez tenha sido a semana repleta de atividades. Não sei... O fato é que consegui levar uma bronca da diretora sobre o ocorrido. Tem dias ou momentos que somos mais tolerantes às críticas, mas neste dia eu não consegui aceitá-la. Fiquei chateada porque sempre me policio muito pela responsabilidade e por outro lado não gostei da maneira como a diretora falou comigo, como eu fosse uma pessoa irresponsável onde ela falou “se não consegues cumprir, não marque. Fica feio pra ti e feio pra escola este tipo de atitude.” Os professores também são seres humanos e podem cometer erros. E, na verdade, um pequeno erro se sobressai perante todos os acertos que fazemos, assim é o ser humano. Ainda pensei comigo mesma quando me dei conta dos dois dias que vim por livre espontânea vontade fazer a decoração pra escola nesta mesma semana... Mas, assim é o ser humano... cruel!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Parar e respirar...

Esta semana mereceu uma série de reflexões a respeito da minha turma e minha prática docente. Na reunião pedagógica desta semana, a diretora colocou que gostaria que não nos detêssemos demais aos planejamentos/currículos, já que ela mesma está percebendo alunos indisciplinados, sem respeito, com falta de saber cuidar de si mesmo. Neste momento ela referiu-se à saída das crianças quando ela presenciou um quase atropelamento de duas alunas que não esperaram a pessoa que as buscou e saíram em disparada na rua. Então, comecei a pensar em todos os momentos que ela colocou quando disse que de nada adianta nosso aluno saber pintar dentro de um contorno ou ainda saber recortar se ela não tem o principal que deveria vir de casa, a educação. Se a família está desviando sua responsabilidade, cabe a nós educadores que, ficamos muito mais tempo com as crianças do que os próprios pais ficam, de fazer este papel. A conseqüência disto será a satisfação e alegria de trabalhar num ambiente muito mais harmonioso. Ela estava descrevendo a minha turma, não que ela tenha se referido a ela, mas quanto mais ela falava, mais identificava as situações com meus alunos. Não dormi tranquila naquela noite. Aquela situação ficou na minha cabeça por muito tempo. Desta forma, depois de pensar muito, resolvi seguir meus planos na medida do possível que for conseguindo e darei muito mais atenção às boas maneiras, ao coleguismo, ao comportamento e, principalmente que as crianças percebam que existe um Deus que devemos agradecer às coisas que temos.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Ainda vale a pena...

Hoje, verificando as agendas, deparei-me com um verdadeiro desabafo escrito pela mãe da aluna Amanda na agenda. Ela inicia que estão com algumas dificuldades pois resolveram procurar alternativas no tratamento da Amanda e, assim, não esperar mais pelo SUS. Alguém teria dito a ela que Amanda precisaria de uma escola particular, acredito que referia-se a escola especial pela sua deficiência auditiva, mas que ainda acreditavam que ela iria desenvolver-se aqui na escola. Relatou que a professora estava influenciando ela de forma muito significativa e que em casa ela chama todos de “Pofi”. Como ela mora quase ao lado da escola, ela me enxerga chegando na escola e me chama para dar “oi” e, da mesma forma quando vou embora. Então a mãe agradece a atenção que tenho tido com a Amanda e que está tentando não demonstrar para a Amanda a sua tristeza. Eu, como professora, fiquei emocionada em saber o quanto representamos para uma criança e, muitas vezes, nos passa despercebido. É nesses momentos que ainda podemos acreditar na educação.

sábado, 24 de abril de 2010

Imprevistos...

Neste período de aplicação dos planos, a palavra–chave que merece reflexão resume-se em imprevisto. Muitas vezes, quando planejamos, esquecemos de pensar em pequenos imprevistos que podem surgir e atrapalhar nossa aula. Tenho que me policiar com os vocábulos novos apresentados à turma, pois nem sempre nos damos conta que eles podem não ter conhecimento do significado. E, é bom que estes imprevistos aconteçam, pois desta maneira estaremos cada vez mais aptas a contorná-los. A visita à Feira do Livro levou-me a uma nova reflexão. Apesar de terem à venda livros direcionados à Educação Infantil, poucos espaços davam ênfase a ela. A contação de história que vimos foi muito bem contada, porém para um público com um pouco mais de idade que os pequenos da Educação Infantil. As professoras que foram nesta semana na roda de conversa com o escritor Pedro Bandeira relataram que este também enfatizou seu bate-papo no contexto de Ensino Fundamental. Acredito que a organização deste evento deva pensar em reservar um dia para atividades somente para Educação Infantil, pois até mesmo o trânsito das crianças seria beneficiado, pois em muitas oportunidades ficou difícil de transitar com os pequenos em razão do atropelo que os maiores fazem.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Encontro com orientadora...



Depois do encontro da aula presencial, parece que tudo ficou um pouco mais claro. Num primeiro momento discutiu-se o ambiente da sala de aula. O que podemos melhorar na sala para facilitar a aprendizagem dos alunos? Ou seja, fazer um mapeamento da sala. Muitas realidades foram apontadas, algumas muito precárias, onde as colegas terão que se esforçar para melhorá-lo. Penso que cada um saiu desafiado a fazer alguma mudança. Eu, por exemplo, estou me organizando para fazer uma sapateira para organizar os livros da biblioteca, assim eles ficarão mais acessíveis. No PCN da Educação Infantil consta que “A estruturação do espaço, a forma como os materiais estão organizados, a qualidade e adequação dos mesmos são elementos essenciais de um projeto educativo. Espaço físico, materiais, brinquedos, instrumentos sonoros e mobiliários não devem ser vistos como elementos passivos, mas como componentes ativos do processo educacional que refletem a concepção de educação assumida pela instituição.” Foram elementos simples que a coordenadora nos colocou, mas que no nosso corre corre do dia-a-dia não nos damos conta.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

No caminho certo...

Penso que estamos no caminho certo com a introdução da arquitetura pedagógica com minha turma de JNA. Através das conversações e questionamentos sobre figuras apresentadas, já temos elencados alguns assuntos que foram da maioria dos alunos. Nesta parte ficamos divididos em “existe rei?” e “as diversidade das moradias”. Então, para contemplar a todos acredito que podemos trabalhar os dois assuntos. Conversando hoje com minha coordenadora, a qual está muito curiosa sobre nosso trabalho no estágio, gostou muito da idéia e até deu algumas sugestões de histórias sobre casa como “A casa sonolenta”, “João e Maria” com a casa de doce, Dia dos Índios com sua moradia, véspera do Dia das Mães para trabalhar a casa da família e, também incluir o rei na sua moradia, quais países tem a monarquia como forma de governo, histórias com reis e muitas outras coisas que irão surgindo.
Ao mesmo tempo em que estou empolgada com a escolha do projeto, estou me dando conta de algo muito importante dentro das inovações das tecnologias. A escola ainda não tem Televisão e DVD que seria o mínimo de tecnologia que poderia apresentar a eles. Quanta ironia... Eu pensando em laboratório de informática e nem tenho televisão na escola. Mas, retornando à coordenadora, coloquei este fato pra ela e logo ela se dispôs a enviar outro ofício à prefeitura solicitando estes recursos. Tomara que sejamos atendidos logo.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Talvez um PA?

Hoje iniciei com a introdução do meu esboço de PA para minha turma de Jardim A, onde ofereço uma figura e comentamos o que tem nela. Retirei da caixa, sem olhar, uma figura de uma praia com coqueiros. Fixei-a na parede e todos puderam falar sobre ela. Um aluno falou que via os tubarões, baleias e golfinhos. Os tubarões botavam os ovos para nascer os filhotinhos... Neste ponto interrompi e perguntei como é que nasciam os tubarões e ele me falou com muita convicção que era com ovos. Aí começaram a falar do jacaré que nascia com ovos... Anotei esta sugestão vamos ver o que mais surge no decorrer desta semana. Já anotei também uma curiosidade de outro menino "se existia rei". Vou continuar com as figuras porque acho que vão aparecer coisas interessantes.

terça-feira, 30 de março de 2010

Sacola da leitura

Estou muito contente com a realização da primeira reunião com os pais. Nela, pedi, claramente, o auxílio dos pais no sentido de orientar os filhos quanto ao comportamento e disciplina em casa e, principalmente na escola, o que está me angustiando muito. A turma não consegue fazer fila sem se empurrar, mesmo tendo uma música onde cantamos “nossa fila é um trenzinho, cada qual no seu lugar, fico aqui bem direitinho, não preciso empurrar”. Da mesma forma, possui dificuldade em sentar-se quando há necessidade de esperar, por exemplo, para usar o refeitório quando este ainda está ocupado pela turma que faz lanche no horário anterior ao nosso. Por outro lado, comecei a colocar em prática minha campanha de doações de brinquedos, bolsas, roupas para fantasia e livrinhos para nossa sala. Pelo entusiasmo dos pais presentes, acredito que terei um bom retorno, pois um deles pedi para olhar os livrinhos que tinha na sala para não trazer muito repetido. Enfatizei bem a importância dos livrinhos porque pretendo fazer a sacola de leitura onde cada aluno leva no final de semana para casa e retorna na segunda com a contação de alguma história que os pais tenham contado a ele. Para isto acontecer, preciso de mais livros porque pretendo fazer três sacolas de leitura, pois a turma é numerosa e demoraria muito para todos receberem a sacola da leitura e, isto poderia levar a desestimular esta prática. Segundo Pires (2000): "A literatura infantil torna-se, deste modo, imprescindível. Os professores dos primeiros anos da escola fundamental devem trabalhar diariamente com a literatura, pois esta se constitui em material indispensável, que aflora a criatividade infantil e desperta as veias artísticas da criança. Nessa faixa etária, os livros de literatura devem ser oferecidos às crianças, através de uma espécie de caleidoscópio de sentimentos e emoções que favoreçam a proliferação do gosto pela literatura, enquanto forma de lazer e diversão" Retirado do site:
http://www.webartigos.com/articles/11588/1/A-Importancia-da-Literatura-na-Educacao-Infantil/pagina1.html.

Aprendendo...

Minha turma de estágio está sendo atendida pelo Projeto de Educação Física da escola, quando as aulas são ministradas pela professora desta disciplina. Pela turma ser numerosa contando com 25 alunos e, principalmente, por ser muito agitada e pouco disciplinada, a professora está atendendo em dois grupos. Desta maneira, nos horários desta aula, que são 50 minutos, permaneço com a metade em sala. Refletindo, fiquei apreensiva em o que proporcionar a estes alunos, pois com as demais turmas isto não ocorre e a professora titular tem tempo para organizar atividades. Percebi que eles não sabem fazer uso da maioria dos jogos que a escola tem a disposição. Quando são disponibilizados, estes jogos ficavam atirados pela sala, colocados nas bolsas que brincavam, competiam quem ficava com mais peças, ou, ainda, simplesmente empilhavam as peças. Então, nestes últimos dias, estou introduzindo estes joguinhos com regras como dominó, jogo da velha ou seqüência. Percebo que ao utilizar um jogo com os alunos não devemos realizá-lo uma vez apenas, mas jogar algumas vezes, uma vez por semana, pelo menos durante um mês. Esse procedimento permite que os alunos se apropriem do jogo, de suas regras e dos conhecimentos matemáticos nele envolvidos. Segundo Vygotsky, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade. E Piaget diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa.
Piaget, J. A psicologia da criança. Ed Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo. Martins Fontes, 1989

quinta-feira, 25 de março de 2010

Dias melhores...

Nesta semana estão acontecendo fatos que estão melhorando minha preocupação e expectativa sobre o estágio. À princípio estava quase impossível obter auxílio da direção quanto ao uso das tecnologias com a turma. A colega Deise, colega de trabalho e estágio, está conseguindo algo com centro de informática do município para utilizarmos o laboratório. Estamos no aguardo da pessoa responsável elaborar um projeto de informática com agendamento de horários e transporte para os alunos. Desta forma estou mais tranqüila, pois tenho uma turma muito agitada e com diversos problemas de indisciplina e inclusão. Pensando nisto, há também muitos momentos em que usar da autoridade é necessário. Para a criança pequena, por exemplo, é difícil relacionar os atos com conseqüências distantes. Não devemos dizer simplesmente "não faça isto porque estou mandando ou porque é feio". É importante que se explique à criança porque deve se comportar de determinada maneira, como não bater nos amigos, pois não devemos fazer aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem, ou não mentir porque isso põe em risco as relações de confiança. Por conseguinte, o que devemos fazer é tornar a criança mais consciente de seus atos, trazendo as conseqüências para mais perto dela.

domingo, 21 de março de 2010

Adaptações

Acredito que este ano será de extrema importância no sentido de aprendizado no campo profissional. Estando concursada desde 2002, sempre permaneci numa única escola até o momento. Entretanto, estou em período de adaptação a um novo ambiente escolar, assim como todos alunos desta escola, a qual foi inaugurada neste ano. Dentre às principais adaptações que estou passando, posso destacar o espaço físico da escola como sendo o mais complicado. As salas de Jardins da escola estão localizadas no segundo piso da instituição e, desta forma, seu acesso é por meio de escadas. Então, o cuidado com os alunos se faz muito mais presente, pois qualquer mobilidade da turma se faz através da escada: banheiros, refeitório, ginásio, bebedouros, praça, enfim qualquer outra dependência.
Estou com uma turma numerosa que conta com 25 alunos muito agitados. Destes, dois alunos são iniciantes em escolas e uma é portadora de deficiência auditiva sendo que ainda não sabemos se esta é total ou parcial. Porém, até o momento posso perceber que não é total. Estamos esperando o período de entrevistas com os pais para troca de informações. Mas, um dos novos alunos obrigou-me a parar e refletir sobre a adaptação dos alunos, pois desde o início mostrou-se resistente à adaptação. É resistente às regras de convivência e à rotina. Borges já dizia que o processo de adaptação foi, ao longo da história da educação infantil, muitas vezes encarado pelos profissionais como sendo um período de tempo e espaço determinados pela própria escola e tinha como objetivo fazer as crianças pararem de chorar. Imaginar que o sucesso de um processo de adaptação se resume a ter ausência de choro é banalizar uma situação que não termina em si mesma. Os sintomas que as crianças apresentam como doenças, regressões, alterações de comportamento, etc., estão aí para comprovar que elas não falam que as coisas não vão bem somente chorando. (BORGES, 2002: 32) Depois disto, então, estou procurando ter mais atenção com este aluno no seu dia-a-dia na escola. Temos que ter em mente que os aspectos particulares de cada personalidade participante do processo resultam na intensidade com que cada um vai experimentar ou a forma como vai atravessar esse período. Esse processo é inevitável na vida das pessoas. Estamos, a professora e alunos, nos adaptando ao novo ambiente e isto é um processo importante e necessário que resulta em crescimento positivo. Referência bibliográfica: BORGES, M. F. S. T. e SOUZA, R. C. de (org.) A práxis na formação de educadores de educação infantil. Rio de Janeiro: DP & A, 2002.