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terça-feira, 30 de março de 2010

Aprendendo...

Minha turma de estágio está sendo atendida pelo Projeto de Educação Física da escola, quando as aulas são ministradas pela professora desta disciplina. Pela turma ser numerosa contando com 25 alunos e, principalmente, por ser muito agitada e pouco disciplinada, a professora está atendendo em dois grupos. Desta maneira, nos horários desta aula, que são 50 minutos, permaneço com a metade em sala. Refletindo, fiquei apreensiva em o que proporcionar a estes alunos, pois com as demais turmas isto não ocorre e a professora titular tem tempo para organizar atividades. Percebi que eles não sabem fazer uso da maioria dos jogos que a escola tem a disposição. Quando são disponibilizados, estes jogos ficavam atirados pela sala, colocados nas bolsas que brincavam, competiam quem ficava com mais peças, ou, ainda, simplesmente empilhavam as peças. Então, nestes últimos dias, estou introduzindo estes joguinhos com regras como dominó, jogo da velha ou seqüência. Percebo que ao utilizar um jogo com os alunos não devemos realizá-lo uma vez apenas, mas jogar algumas vezes, uma vez por semana, pelo menos durante um mês. Esse procedimento permite que os alunos se apropriem do jogo, de suas regras e dos conhecimentos matemáticos nele envolvidos. Segundo Vygotsky, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade. E Piaget diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa.
Piaget, J. A psicologia da criança. Ed Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo. Martins Fontes, 1989

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