O texto “A inclusão e seus sentidos: entre edifícios e tendas” de Cláudio Roberto Baptista-PPGEDU/ UFRGS, é um desabafo sobre o problema da Educação Especial nas escolas. “Muitos estudos têm mostrado a presença tímida do Estado na oferta desses serviços” (FERREIRA 2000). As reflexões apresentadas por Odeh (2000) sobre a análise do movimento de inclusão escolar, no qual ela chama de " integração não-planejada", nos mostra que esses alunos de inclusão devem estar nas escolas de ensino comum, engrossando as fileiras daqueles que não aprendem, repetem de ano e acabam abandonando a escola. Na verdade é o que acontece nas escolas. Queremos a inclusão de alunos com NEEs, numa turma com outros alunos “ditos normais” e que isso aconteça de forma coerente. E mais ainda, que possam ter no turno oposto um atendimento especializado, mas não é isso que vem acontecendo, pois ODeh (2000) aponta que o atendimento especializado no Brasil atinge aproximadamente 1 % da população que necessitaria de “educação especial”. Sendo assim, a realidade é pouco inclusiva e muito econômica.
3 comentários:
Oi Sirlei, trazes algumas passagens interessantes do texto lido para compartilhar nessa postagem. Como percebes as questões que apontas na realidade da tua escola? Abração, Sibicca
Oi Simone!
Na minha escola já trabalho há sete anos nela e tivemos dois cadeirantes: um no turno da manhã e outro na tarde. Era visível a alegria com que a cadeirante da tarde tinha em vir à aula e tentava de todas as maneiras integrar-se com a turma pois tinha muito estímulo da família, enquanto que o cadeirante da turma da manhã até mostrava-se contente mas a mãe o trazia de forma obrigada, sem entusiasmo nenhum e ele próprio demonstrava isso no seu dia-a-dia com a turma. O resultado de tudo isso é que a cadeirante da tarde está na escola ao lado muito feliz integrada à escola e, enquanto que o cadeirante da tarde abandonou a escola e nunca mais soubemos nada a seu respeito. Então, os portadores de necessidades educacionais especiais tem que ter o apoio de todos os segmentos para continuarem nas escolas e terem também uma vida normal como todas as pessoas merecem ter. Fico pensando também que um dia estas crianças vão crescer e vão se tornar adultos de educação especial e, acredito, que será mais difícil se não conseguiram ter um auxílio na sua infância.
Ótimo Sirlei, com certeza essas vivências enriquecem muito a compreensão teórica, e vice-versa! Abração, Sibicca
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