Ao término de mais um semestre podemos constatar que aprendemos com nossos acertos e, principalmente com nossos erros. No início do semestre organizei-me de maneira a realizar minhas atividades em tempo hábil e dedicar-me mais às leituras. Aprimorei minhas postagens tornando-as mais consistentes com referencial teórico e reflexões no meu cotidiano escolar. Acredito que consegui me superar. O planejamento e organização estão me auxiliando na construção do workshop bem como também no meu dia-a-dia no ambiente escolar onde consigo estar mais organizada para atender meus alunos de forma atenciosa e dedicada. Posso concluir que, de modo geral, minha vida de estudante, de professora e vida pessoal está direcionando-se para um caminho de conquistas e vitórias.
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terça-feira, 30 de junho de 2009
Reflexão do Método Clínico
Este método tem por objetivo analisar o modo de pensar das crianças.. "É um procedimento para investigar como as crianças pensam, percebem, agem e sentem, que procura descobrir o que não é evidente no que os sujeitos fazem ou dizem, o que está por trás da aparência de sua conduta, seja em ações ou palavras" (Delval, 2002, p. 67). Meu grupo realizou o método da conservação de massa que consiste em apresentar duas massas de tamanhos iguais, ao longo da atividade ir mudando a forma, mas sem mudar o peso. Ir questionando a criança onde tem mais massa. Nem sempre o que se espera é o óbvio. Uma criança de nove anos, por exemplo, teria que ter esta capacidade. Mas para nossa surpresa, alguns alunos, como podemos conversar na aula presencial, com nove anos ainda não haviam adquirido a capacidade de conservar o conhecimento posterior, confundindo-se muitas vezes nas respostas. Achei então o método, bem interessante e assim, podemos ver como está o desenvolvimento do pensamento do meu aluno, como às vezes, é tão difícil para ele entender e assimilar certos conhecimentos. O mais importante de tudo é que ficou claro, através das palavras da professora, que quando estivermos nesta situação, temos que baixar o nível das nossas perguntas aos alunos que ainda não estão nesta etapa para que ele consiga acompanhar os demais em sala de aula.
domingo, 28 de junho de 2009
Reflexão sobre Estudo de Caso
Meu estudo de caso feito com uma aluna com Síndrome de Down foi bem esclarecedor para minhas dúvidas, ansiedade e receio de trabalhar com alunos com necessidades especiais. Percebo que não se pode aceitar que uma criança com deficiência seja simplesmente colocada no mesmo espaço que as demais, sem que a escola se preocupe em atender suas necessidades educacionais especiais. Ao mesmo tempo em que frequentam a classe comum, os alunos têm direito a um apoio pedagógico especializado, em outro horário. Têm direito, também, aos recursos materiais e pedagógicos para facilitar e garantir o aprendizado do currículo escolar. A menina que acompanhei tem somente dois anos, mas para ela é muito importante o convívio com outras crianças, enfim a socialização. O conceito de deficiência não pode ser confundido com o de incapacidade, cada sujeito tem o seu ritmo próprio de aprendizagem. É importante que a escola respeite cada criança, com seu jeito próprio de aprender e seus interesses. Uma escola, com um único método e objetivos únicos para todos os alunos está mais que ultrapassada. Adequar o processo de ensino às necessidades dos alunos é um importante fator para o sucesso da aprendizagem. Nenhum método de ensino dá conta, por si só, da variedade de experiências e comportamentos dos alunos.
Nas classes onde os trabalhos são feitos em grupo, onde os alunos colaboram uns com os outros para a construção do conhecimento, as aulas tornam-se mais interessantes, com mais possibilidades de garantir o sucesso da aprendizagem de todos os alunos.
Incluir um aluno é oportunizar com que ele se torne atuante em sala de aula bem como fazer com que toda a turma aprenda com as diferenças. Nesta situação o professor tem um papel fundamental no processo de aprendizagem. A inclusão escolar deve ser a oportunidade para que de fato a criança com deficiência não esteja à parte, realizando atividades meramente condicionadas e sem sentido. No meu caso, na educação infantil, no processo de desenvolvimento, uma das coisas que diferencia um bebê com deficiência de outro, é que ele, pela impossibilidade de deslocar-se para explorar espontânea e naturalmente o meio, passa a ter privações de experiências sensoriais. Justifica-se, então, a importância da intervenção em estimulação precoce dessa criança, favorecendo com que ela tenha uma relação rica com o outro e com o meio.
Nas classes onde os trabalhos são feitos em grupo, onde os alunos colaboram uns com os outros para a construção do conhecimento, as aulas tornam-se mais interessantes, com mais possibilidades de garantir o sucesso da aprendizagem de todos os alunos.
Incluir um aluno é oportunizar com que ele se torne atuante em sala de aula bem como fazer com que toda a turma aprenda com as diferenças. Nesta situação o professor tem um papel fundamental no processo de aprendizagem. A inclusão escolar deve ser a oportunidade para que de fato a criança com deficiência não esteja à parte, realizando atividades meramente condicionadas e sem sentido. No meu caso, na educação infantil, no processo de desenvolvimento, uma das coisas que diferencia um bebê com deficiência de outro, é que ele, pela impossibilidade de deslocar-se para explorar espontânea e naturalmente o meio, passa a ter privações de experiências sensoriais. Justifica-se, então, a importância da intervenção em estimulação precoce dessa criança, favorecendo com que ela tenha uma relação rica com o outro e com o meio.
“A educação infantil, proposta nos espaços da creche e pré-escola, possibilitará que a criança com deficiência experimente aquilo que outros bebês e crianças da mesma idade estão vivenciando: brincadeiras corporais, sensoriais, músicas, estórias,cores, formas, tempo e espaço e afeto.” Trecho retirado do livro Atendimento Educacional Especializado, autoras Carolina R. Schirmer, Nádia Browning, Rita Bersch e Rosângela Machado.
domingo, 21 de junho de 2009
Sala de aula construtivista
A realização do trabalho sobre sala de aula construtivista levou-me a reflexões onde pude compreender um pouco de minha trajetória educacional, da minha prática pedagógica, reforçando o “desacomodamento” e desmontando a prática conservadora exercida em alguns momentos. Daqui para frente, a mudança deverá ser interna, para modificar e melhorar cada vez mais as aulas dadas com responsabilidade e criatividade. Quando passamos a dar enfoque para o que o aluno sabe, este passa a ser um ser participante ativo da sala de aula, pois ele adquire confiança em si e em seus saberes. Passa de aprendiz à praticante e de praticante a conhecedor, e a partir desses conhecimentos desenvolve outros e assim sucessivamente e infinitamente, segundo Fernando Becker: "Construtivismo significa isto: a idéia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento."
O processo de uma sala de aula construtivista, primeiramente, deve começar no professor buscando mais subsídios teóricos e práticos, trocando experiências com colegas da área, cursos de capacitação e formação pedagógica, além, é claro, da vontade e da superação.
domingo, 14 de junho de 2009
Deficiência mental
Achei bem pertinente colocar que a deficiência mental é percebida pela sociedade conforme o tempo histórico em que está inserida. Absurdamente, na antiguidade as crianças com deficiência mental eram atiradas ao relento onde a perfeição do indivíduo era muito valorizada. Depois passaram a serem acolhidos pela igreja. Mais tarde pensava-se que essas crianças que eram frutos da mulher com o demônio então passaram a serem queimadas, a sofrerem punições, torturas e maus-tratos. Mais tarde com o sistema econômico passaram para indivíduos inúteis e improdutivos. Somente nos séculos XVII e XVIII é que ampliaram-se as concepções a respeito da deficiência em todas as áreas. É importante conhecer as idéias que norteiam a concepção acerca da deficiência mental, em cada período histórico, para que possamos compreender melhor o lugar da criança Deficiente Mental na sociedade contemporânea. Para diagnosticar a deficiência mental, os profissionais estudam as capacidades mentais da pessoa e as suas competências adaptativas. Estes dois aspectos fazem parte da definição de atraso mental comum à maior parte dos cientistas que se dedicam ao estudo da deficiência mental. No ano passado, tinha um aluno 4/5 anos que parece muito se encaixar num processo de deficiência mental leve. É uma criança alegre, porém não compreende o que é solicitado, não possui autonomia nenhuma, somente para alimentar-se e, mesmo assim, tínhamos sempre que lembrá-lo como portar-se à mesa. Sua motricidade fina também estava pouco desenvolvida. Por fim, penso que agora ele está na educação infantil ainda, mas no ano seguinte passará para ensino fundamental e como ele irá conseguir acompanhar o processo da alfabetização já que as habilidades que auxiliamos a desenvolver para que tenha facilidade neste processo ainda não estão presentes.http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-37722001000200005&script=sci_arttext
domingo, 7 de junho de 2009
Desenvolvimento Moral
Foi com muita satisfação que realizei o trabalho de Psicologia II sobre desenvolvimento Moral das crianças. O texto “As relações interpessoais e o desenvolvimento da moralidade: reflexões sobre as práticas escolares” escrito por Liseane Silveira Camargo fez um apanhado muito rico sobre o tema proposto com referencial teórico.
De acordo com o desenvolvimento moral proposto por Piaget (1994) existem três etapas no que se refere à consciência sobre as regras, são elas: anomia, heteronomia e autonomia. Por ser a anomia uma etapa que caracteriza a ausência de compreensão sobre as regras sociais, tendo presente, apenas, a regularidade e não a obrigatoriedade, torna-se necessário destacar as outras duas etapas que, por sua vez, nomeiam dois tipos de moral: a moral heterônoma e a moral autônoma.
A heteronomia precisa ser bem trabalhada, ou seja, o adulto precisa saber introduzir as regras à criança, argumentando-as através de sua utilidade, pois, como serão referências iniciais para o agir moral, precisam estar amparadas principalmente pela argumentação. O uso das sanções, embora muitas vezes seja necessário para fazer com que a criança cumpra uma regra considerada importante, precisa estar acompanhado de muita argumentação e sentimento de cuidado e não por um simples “capricho” da autoridade. O uso exagerado da coação pode provocar um comportamento submisso ou revoltado, deixando de possibilitar o desenvolvimento da autonomia moral.
[...] a consciência moral não é inata, embora se reconheça que as disposições ou
tendências afetivas e ativas tenham raízes instintivas. A criança não nasce boa, nem má; tanto do ponto de vista intelectual como do ponto de vista moral, essas forças (se assim podemos denominar) são desenvolvidas num universo de contingências (FÁVERO, 2005, p. 14).
Com este rico material sobre o desenvolvimento moral das nossas crianças pude aumentar um pouco meu conhecimento e espero agora compreender melhor as atitudes um pouco mais violentas dos alunos. Sendo assim, devemos considerar que a moralidade não é inata, que é o ambiente e as várias situações que constroem a consciência moral, que devemos cuidar tanto com as sanções quanto com as coações com os alunos, que as sanções devem vir sempre acompanhadas de argumentos importantes e, que há formas de se obter o respeito do aluno na forma de coação ou da reciprocidade que é a mais indicada. Enfim, o desenvolvimento moral é algo complexo de promover, já que envolve cognição e afetividade. Os grupos com os quais a criança tem contato interferem de forma significante em seus valores morais. Desde o nascimento, através da família, a criança conhece alguns parâmetros sociais e, mais tarde, a escola e novos grupos darão seguimento a este processo. O importante é conhecer a forma como os parâmetros são apresentados e exigidos da criança e o quanto é oportunizado argumentar sobre eles, aparecendo aí a importância do respeito com reciprocidade.
De acordo com o desenvolvimento moral proposto por Piaget (1994) existem três etapas no que se refere à consciência sobre as regras, são elas: anomia, heteronomia e autonomia. Por ser a anomia uma etapa que caracteriza a ausência de compreensão sobre as regras sociais, tendo presente, apenas, a regularidade e não a obrigatoriedade, torna-se necessário destacar as outras duas etapas que, por sua vez, nomeiam dois tipos de moral: a moral heterônoma e a moral autônoma.
A heteronomia precisa ser bem trabalhada, ou seja, o adulto precisa saber introduzir as regras à criança, argumentando-as através de sua utilidade, pois, como serão referências iniciais para o agir moral, precisam estar amparadas principalmente pela argumentação. O uso das sanções, embora muitas vezes seja necessário para fazer com que a criança cumpra uma regra considerada importante, precisa estar acompanhado de muita argumentação e sentimento de cuidado e não por um simples “capricho” da autoridade. O uso exagerado da coação pode provocar um comportamento submisso ou revoltado, deixando de possibilitar o desenvolvimento da autonomia moral.
[...] a consciência moral não é inata, embora se reconheça que as disposições ou
tendências afetivas e ativas tenham raízes instintivas. A criança não nasce boa, nem má; tanto do ponto de vista intelectual como do ponto de vista moral, essas forças (se assim podemos denominar) são desenvolvidas num universo de contingências (FÁVERO, 2005, p. 14).
Com este rico material sobre o desenvolvimento moral das nossas crianças pude aumentar um pouco meu conhecimento e espero agora compreender melhor as atitudes um pouco mais violentas dos alunos. Sendo assim, devemos considerar que a moralidade não é inata, que é o ambiente e as várias situações que constroem a consciência moral, que devemos cuidar tanto com as sanções quanto com as coações com os alunos, que as sanções devem vir sempre acompanhadas de argumentos importantes e, que há formas de se obter o respeito do aluno na forma de coação ou da reciprocidade que é a mais indicada. Enfim, o desenvolvimento moral é algo complexo de promover, já que envolve cognição e afetividade. Os grupos com os quais a criança tem contato interferem de forma significante em seus valores morais. Desde o nascimento, através da família, a criança conhece alguns parâmetros sociais e, mais tarde, a escola e novos grupos darão seguimento a este processo. O importante é conhecer a forma como os parâmetros são apresentados e exigidos da criança e o quanto é oportunizado argumentar sobre eles, aparecendo aí a importância do respeito com reciprocidade.
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