Foi com muita satisfação que realizei o trabalho de Psicologia II sobre desenvolvimento Moral das crianças. O texto “As relações interpessoais e o desenvolvimento da moralidade: reflexões sobre as práticas escolares” escrito por Liseane Silveira Camargo fez um apanhado muito rico sobre o tema proposto com referencial teórico.
De acordo com o desenvolvimento moral proposto por Piaget (1994) existem três etapas no que se refere à consciência sobre as regras, são elas: anomia, heteronomia e autonomia. Por ser a anomia uma etapa que caracteriza a ausência de compreensão sobre as regras sociais, tendo presente, apenas, a regularidade e não a obrigatoriedade, torna-se necessário destacar as outras duas etapas que, por sua vez, nomeiam dois tipos de moral: a moral heterônoma e a moral autônoma.
A heteronomia precisa ser bem trabalhada, ou seja, o adulto precisa saber introduzir as regras à criança, argumentando-as através de sua utilidade, pois, como serão referências iniciais para o agir moral, precisam estar amparadas principalmente pela argumentação. O uso das sanções, embora muitas vezes seja necessário para fazer com que a criança cumpra uma regra considerada importante, precisa estar acompanhado de muita argumentação e sentimento de cuidado e não por um simples “capricho” da autoridade. O uso exagerado da coação pode provocar um comportamento submisso ou revoltado, deixando de possibilitar o desenvolvimento da autonomia moral.
[...] a consciência moral não é inata, embora se reconheça que as disposições ou
tendências afetivas e ativas tenham raízes instintivas. A criança não nasce boa, nem má; tanto do ponto de vista intelectual como do ponto de vista moral, essas forças (se assim podemos denominar) são desenvolvidas num universo de contingências (FÁVERO, 2005, p. 14).
Com este rico material sobre o desenvolvimento moral das nossas crianças pude aumentar um pouco meu conhecimento e espero agora compreender melhor as atitudes um pouco mais violentas dos alunos. Sendo assim, devemos considerar que a moralidade não é inata, que é o ambiente e as várias situações que constroem a consciência moral, que devemos cuidar tanto com as sanções quanto com as coações com os alunos, que as sanções devem vir sempre acompanhadas de argumentos importantes e, que há formas de se obter o respeito do aluno na forma de coação ou da reciprocidade que é a mais indicada. Enfim, o desenvolvimento moral é algo complexo de promover, já que envolve cognição e afetividade. Os grupos com os quais a criança tem contato interferem de forma significante em seus valores morais. Desde o nascimento, através da família, a criança conhece alguns parâmetros sociais e, mais tarde, a escola e novos grupos darão seguimento a este processo. O importante é conhecer a forma como os parâmetros são apresentados e exigidos da criança e o quanto é oportunizado argumentar sobre eles, aparecendo aí a importância do respeito com reciprocidade.
De acordo com o desenvolvimento moral proposto por Piaget (1994) existem três etapas no que se refere à consciência sobre as regras, são elas: anomia, heteronomia e autonomia. Por ser a anomia uma etapa que caracteriza a ausência de compreensão sobre as regras sociais, tendo presente, apenas, a regularidade e não a obrigatoriedade, torna-se necessário destacar as outras duas etapas que, por sua vez, nomeiam dois tipos de moral: a moral heterônoma e a moral autônoma.
A heteronomia precisa ser bem trabalhada, ou seja, o adulto precisa saber introduzir as regras à criança, argumentando-as através de sua utilidade, pois, como serão referências iniciais para o agir moral, precisam estar amparadas principalmente pela argumentação. O uso das sanções, embora muitas vezes seja necessário para fazer com que a criança cumpra uma regra considerada importante, precisa estar acompanhado de muita argumentação e sentimento de cuidado e não por um simples “capricho” da autoridade. O uso exagerado da coação pode provocar um comportamento submisso ou revoltado, deixando de possibilitar o desenvolvimento da autonomia moral.
[...] a consciência moral não é inata, embora se reconheça que as disposições ou
tendências afetivas e ativas tenham raízes instintivas. A criança não nasce boa, nem má; tanto do ponto de vista intelectual como do ponto de vista moral, essas forças (se assim podemos denominar) são desenvolvidas num universo de contingências (FÁVERO, 2005, p. 14).
Com este rico material sobre o desenvolvimento moral das nossas crianças pude aumentar um pouco meu conhecimento e espero agora compreender melhor as atitudes um pouco mais violentas dos alunos. Sendo assim, devemos considerar que a moralidade não é inata, que é o ambiente e as várias situações que constroem a consciência moral, que devemos cuidar tanto com as sanções quanto com as coações com os alunos, que as sanções devem vir sempre acompanhadas de argumentos importantes e, que há formas de se obter o respeito do aluno na forma de coação ou da reciprocidade que é a mais indicada. Enfim, o desenvolvimento moral é algo complexo de promover, já que envolve cognição e afetividade. Os grupos com os quais a criança tem contato interferem de forma significante em seus valores morais. Desde o nascimento, através da família, a criança conhece alguns parâmetros sociais e, mais tarde, a escola e novos grupos darão seguimento a este processo. O importante é conhecer a forma como os parâmetros são apresentados e exigidos da criança e o quanto é oportunizado argumentar sobre eles, aparecendo aí a importância do respeito com reciprocidade.
2 comentários:
Oi Sirlei, muito bem construído esse teu texto. Seria interessante aproveitar as idéias que trouxeste aqui para pensar como estás promovendo o desenvolvimento moral dos teus alunos. Lembras de alguma situação na qual utilizaste uma sanção e agora, a partir da leitura do texto, farias diferente? Abração, Sibicca
Oi Simone!
Realmente, achei o material sobre desenvolvimento moral muito bom e, além do mais, tinha lido muito pouco sobre o assunto. Refletindo, penso que muitas vezes aplicamos sanções aos nossos alunos que na verdade não havia necessidade no momento ou, ainda, não houve argumentos suficientes para isso. Na verdade o nosso papel como educador é muito complexo e em alguns momentos tu acaba por tomar atitudes no "calor do momento" sem ter tempo para reflexões. Acredito sim que em alguns momentos devo ter utilizada alguma sanção que agora faria diferente, principalmente na parte da argumentação.
Abraços Sirlei
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